Malavolta (1994) relatou teores variando de 5 a 100 mg/kg de Pb em calcários de acordo com a literatura internacional e 23 a 28 mg/kg para calcários produzidos em Minas Gerais, Brasil.
Eh... bom saber cara... uma pena... e ta cheio de gente na internet fazendo doce de abobora com cal virgem. Melhor abandonar essa ideia.
Encontrei a seguinte especificação de hidróxido de cálcio P.A.:
http://www.quimicamoderna.net.br/especificacao/112900.HTM
Segundo ela o limite máximo de chumbo é 0,003%.
Em 1.000 g você tem:
1000 * 0,003% = 30 mg
Ou seja, 1kg de hidróxido de cálcio P.A. pode conter 30mg de chumbo, bem similar ao cal virgem.
Mas isto não é um problema segundo o artigo:
http://www.uff.br/toxicologiaclinica/Toxicologia do chumbo.pdf
Este artigo cita a seguinte portaria:
"A Portaria nº 685 de 27/08/1998 da Secretaria Nacional de
Vigilância Sanitária, estabelece limites máximos de tolerância (LMT)
para o chumbo em alimentos, nas condições em que são consumidos.
Esses valores variam de 0,05 a 2 mg/Kg de alimento. A
ingestão diária tolerável provisória (PTDI) para o chumbo é de 3,6
µg/kg de peso corpóreo, enquanto que a ingestão semanal tolerá-
vel provisória (PTWI) é de 25 µg /Kg de peso corpóreo, ambas
recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (FAO/WHO,
1987 apud SALGADO, 2003)."
Conclui-se levando em conta o valor de 2 mg/Kg que qualquer produto alimentício que seja composto de menos de 6,66% de hidróxido de cálcio está dentro dos limite da vigilância sanitária.
Como o hidróxido de cálcio ou cal virgem é normalmente utilizado em pequenas proporções não vejo problemas em utiliza-lo.